Peças de carro dentro das normas de acordo comercial entre EUA, México e Canadá estão isentas das tarifas de 25%
Acordo USMCA impede que indústrias sejam transferidas para locais com mão de obra mais barata. A ideia é que cerca de 75% das peças de um carro sejam fabricadas nos Estados Unidos O presidente Donald Trump durante discurso de 100 dias de governo REUTERS/Evelyn Hockstein Peças automotivas que estejam em conformidade com o acordo comercial EUA-México-Canadá (USMCA) estarão isentas das tarifas de 25% impostas pelo governo de Donald Trump, informou a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA nesta quinta-feira (1º). As tarifas entrarão em vigor em 3 de maio. O USMCA é um tratado de livre comércio entre Estados Unidos, Canadá e México que substituiu o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), que vigorava desde 1994. O acordo atual foi assinado por Donald Trump em 2018, no seu primeiro mandato. As mudanças afetam vários setores, incluindo o automotivo, propriedade intelectual e comércio eletrônico. No setor automotivo, o acordo impede que indústrias sejam transferidas para locais com mão de obra mais barata. A ideia é que cerca de 75% das peças de um carro sejam fabricadas nos Estados Unidos, por trabalhadores que recebam em média 16 dólares por hora. O comércio de peças automotivas entre os EUA, México e Canadá é relevante para a indústria automotiva global, com a produção de veículos na América do Norte envolvendo a troca de componentes entre os três países. Impacto suavizado O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na terça-feira (29) uma ordem para reduzir o impacto de suas tarifas sobre o setor automotivo, oferecendo um conjunto de créditos e isenções de outras taxas sobre materiais e peças. A mudança foi anunciada no mesmo dia em que Trump viajou para Michigan, berço da indústria automotiva dos EUA, e poucos dias antes da entrada em vigor de uma nova rodada de tarifas de 25% sobre peças automotivas importadas. A visita, feita na véspera de seu centésimo dia de mandato, ocorre em meio a uma crescente insatisfação dos americanos com sua gestão econômica, diante de sinais de que as tarifas podem prejudicar o crescimento e elevar a inflação e o desemprego. Em mais uma reversão parcial de suas políticas tarifárias, o presidente republicano concordou em conceder às montadoras créditos equivalentes a até 15% do valor dos veículos montados nos EUA. Esses créditos poderão ser usados para compensar o custo das peças importadas, dando tempo para que as cadeias de suprimento sejam reestruturadas internamente. Ao mesmo tempo, sua equipe comercial anunciou o primeiro acordo com um parceiro estrangeiro — medidas que ajudaram a aliviar as preocupações dos investidores em relação às políticas comerciais de Trump. O país com o qual haveria um acordo ainda não foi divulgado. Líderes da indústria automotiva intensificaram a pressão sobre o governo nas semanas seguintes ao anúncio das tarifas de 25% sobre veículos e peças importadas. As medidas, que tinham como objetivo forçar as montadoras a transferirem a produção para os EUA, colocaram em risco a complexa rede de produção automotiva integrada entre EUA, Canadá e México. * Com informações da agência Reuters Campo e indústria aumentam produção para aproveitar oportunidades abertas pela guerra de tarifas


Acordo USMCA impede que indústrias sejam transferidas para locais com mão de obra mais barata. A ideia é que cerca de 75% das peças de um carro sejam fabricadas nos Estados Unidos O presidente Donald Trump durante discurso de 100 dias de governo REUTERS/Evelyn Hockstein Peças automotivas que estejam em conformidade com o acordo comercial EUA-México-Canadá (USMCA) estarão isentas das tarifas de 25% impostas pelo governo de Donald Trump, informou a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA nesta quinta-feira (1º). As tarifas entrarão em vigor em 3 de maio. O USMCA é um tratado de livre comércio entre Estados Unidos, Canadá e México que substituiu o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta), que vigorava desde 1994. O acordo atual foi assinado por Donald Trump em 2018, no seu primeiro mandato. As mudanças afetam vários setores, incluindo o automotivo, propriedade intelectual e comércio eletrônico. No setor automotivo, o acordo impede que indústrias sejam transferidas para locais com mão de obra mais barata. A ideia é que cerca de 75% das peças de um carro sejam fabricadas nos Estados Unidos, por trabalhadores que recebam em média 16 dólares por hora. O comércio de peças automotivas entre os EUA, México e Canadá é relevante para a indústria automotiva global, com a produção de veículos na América do Norte envolvendo a troca de componentes entre os três países. Impacto suavizado O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na terça-feira (29) uma ordem para reduzir o impacto de suas tarifas sobre o setor automotivo, oferecendo um conjunto de créditos e isenções de outras taxas sobre materiais e peças. A mudança foi anunciada no mesmo dia em que Trump viajou para Michigan, berço da indústria automotiva dos EUA, e poucos dias antes da entrada em vigor de uma nova rodada de tarifas de 25% sobre peças automotivas importadas. A visita, feita na véspera de seu centésimo dia de mandato, ocorre em meio a uma crescente insatisfação dos americanos com sua gestão econômica, diante de sinais de que as tarifas podem prejudicar o crescimento e elevar a inflação e o desemprego. Em mais uma reversão parcial de suas políticas tarifárias, o presidente republicano concordou em conceder às montadoras créditos equivalentes a até 15% do valor dos veículos montados nos EUA. Esses créditos poderão ser usados para compensar o custo das peças importadas, dando tempo para que as cadeias de suprimento sejam reestruturadas internamente. Ao mesmo tempo, sua equipe comercial anunciou o primeiro acordo com um parceiro estrangeiro — medidas que ajudaram a aliviar as preocupações dos investidores em relação às políticas comerciais de Trump. O país com o qual haveria um acordo ainda não foi divulgado. Líderes da indústria automotiva intensificaram a pressão sobre o governo nas semanas seguintes ao anúncio das tarifas de 25% sobre veículos e peças importadas. As medidas, que tinham como objetivo forçar as montadoras a transferirem a produção para os EUA, colocaram em risco a complexa rede de produção automotiva integrada entre EUA, Canadá e México. * Com informações da agência Reuters Campo e indústria aumentam produção para aproveitar oportunidades abertas pela guerra de tarifas